quinta-feira, 25 de março de 2010

Tratamento PCA - Neonatologia

A Persistência do Canal Arterial ocorre quando o canal que separa a circulação do coração para os pulmões da circulação do coração para o corpo, não se fecha depois do nascimento. Isso ocorre com frequencia em prematuros e deve ser corrigido o mais rápido possível. O medicamento mais indicado neste caso é a indometacina injetável, pois atuará sobre as prostaglandinas que mantém o canal aberto, provocando seu fechamento. Porém, a indometacina está em falta no mercado internacional, dificultando o tratamento em todos os hospitais. Um substituto para a indometacina é o ibuprofeno injetável, que está sendo usado em muitos hospitais.  Estudos revelam que o ibuprofeno possui ação semelhante à indometacina, porém sua eficácia seria menor. Em contrapartida, os efeitos adversos com o uso de ibuprofeno também tornam-se menores em comparação aos da indometacina. Ambos não são produzidos ainda no Brasil, sendo necessária a importação. Em relação a posologia, para tratamento de PCA deve-se fazer um ciclo de 3 doses (intervalo de 24 horas entre as doses), a primeira dose deve ser 10 mg/kg, e as outras duas 5 mg/kg. Caso o canal não se feche, ou reabra, deve-se realizar um segundo ciclo nas mesmas condições. O ideal é que o tratamento farmacológico seja realizado até o 14o. dia de vida, pois após ocorre queda na produção de prostaglandinas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Farmácia Clínica em Pediatria e Neonatologia

Trabalhar com pacientes pediátricos e neonatos é um desafio. Um desafio porque a grande maioria dos medicamentos não são adequados para estes pacientes, tanto pela sua forma farmacêutica (cápsulas, comprimidos que não podem ser macerados e/ou partidos) tanto pela falta de estudos que comprovem a sua eficácia e segurança. O farmacêutico tem que estar em constante aprendizado, trocar informações com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais, agregando novos conhecimentos que possam contribuir para melhor acompanhamento farmacoterapêutico do paciente. É importante que o farmacêutico tenha conhecimentos de manipulação de fórmulas, interações medicamentosas, custo do tratamento e saber procurar alternativas de tratamento quando não é viável a alteração da forma farmacêutica. Num segundo momento, o farmacêutico deve conhecer os pais do paciente, realizar anamnese farmacêutica e orientar quanto ao uso correto dos medicamentos para uso em domicílio (a grande maioria dos pais não sabe como fazê-lo da maneira correta). A Farmácia Clínica em Pediatria e Neonatologia é uma área que tem muito a crescer pois ainda estamos engatinhando no mar de possibilidades que podem ser criadas para oferecer o melhor tratamento a estes pacientes.