sábado, 16 de outubro de 2010

Escala de utilização de laxantes em cuidados paliativos

Este mês participei do Congresso Internacional de Cuidados Paliativos da ANCP e levei um trabalho na forma de pôster. O trabalho é uma proposta de Escala de Utilização de Laxantes em Cuidados Paliativos. Sabemos que muitos pacientes em cuidados paliativos apresentam constipação intestinal, mas qual o melhor laxante a ser usado em cada caso? Neste trabalho apresentamos uma proposta, onde o levantamento foi feito a partir de artigos científicos desde 2000 até 2010. Consultamos também monografias dos medimentos e diretrizes em cuidados paliativos. Esta escala mostra-se útil para aplicação da equipe multiprofissional, pois torna fácil a decisão de qual laxante usar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Valproato de Sódio

O valproato é muito utilizado para tratamento de epilepsia, porém, em algumas situações, ele pode não ser efetivo. Um exemplo prático ocorreu comigo esses dias, uma paciente fazia uso deste medicamento e estava recebendo uma série de outros medicamentos, entre eles meropenem. Ao analisar a prescrição, constatei uma interação entre o valproato e meropenem, onde pode ocorrer redução dos níveis de valproato, podendo chegar até a uma perda do efeito anticonvulsivo. A dosagem sérica de ácido valpróico demonstrou que de fato a interação estava ocorrendo. Uma opção nestes casos, seria a substituição de valproato por outro anticonvulsivo, como por exemplo a etussuximida, medicamento novo ainda no Brasil. Este medicamento não interage com esta classe de antibíóticos, mostrando-se uma boa alternativa. A etussuximida também pode ser dosada para confirmação dos níveis séricos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Tratamento PCA - Neonatologia

A Persistência do Canal Arterial ocorre quando o canal que separa a circulação do coração para os pulmões da circulação do coração para o corpo, não se fecha depois do nascimento. Isso ocorre com frequencia em prematuros e deve ser corrigido o mais rápido possível. O medicamento mais indicado neste caso é a indometacina injetável, pois atuará sobre as prostaglandinas que mantém o canal aberto, provocando seu fechamento. Porém, a indometacina está em falta no mercado internacional, dificultando o tratamento em todos os hospitais. Um substituto para a indometacina é o ibuprofeno injetável, que está sendo usado em muitos hospitais.  Estudos revelam que o ibuprofeno possui ação semelhante à indometacina, porém sua eficácia seria menor. Em contrapartida, os efeitos adversos com o uso de ibuprofeno também tornam-se menores em comparação aos da indometacina. Ambos não são produzidos ainda no Brasil, sendo necessária a importação. Em relação a posologia, para tratamento de PCA deve-se fazer um ciclo de 3 doses (intervalo de 24 horas entre as doses), a primeira dose deve ser 10 mg/kg, e as outras duas 5 mg/kg. Caso o canal não se feche, ou reabra, deve-se realizar um segundo ciclo nas mesmas condições. O ideal é que o tratamento farmacológico seja realizado até o 14o. dia de vida, pois após ocorre queda na produção de prostaglandinas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Farmácia Clínica em Pediatria e Neonatologia

Trabalhar com pacientes pediátricos e neonatos é um desafio. Um desafio porque a grande maioria dos medicamentos não são adequados para estes pacientes, tanto pela sua forma farmacêutica (cápsulas, comprimidos que não podem ser macerados e/ou partidos) tanto pela falta de estudos que comprovem a sua eficácia e segurança. O farmacêutico tem que estar em constante aprendizado, trocar informações com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais, agregando novos conhecimentos que possam contribuir para melhor acompanhamento farmacoterapêutico do paciente. É importante que o farmacêutico tenha conhecimentos de manipulação de fórmulas, interações medicamentosas, custo do tratamento e saber procurar alternativas de tratamento quando não é viável a alteração da forma farmacêutica. Num segundo momento, o farmacêutico deve conhecer os pais do paciente, realizar anamnese farmacêutica e orientar quanto ao uso correto dos medicamentos para uso em domicílio (a grande maioria dos pais não sabe como fazê-lo da maneira correta). A Farmácia Clínica em Pediatria e Neonatologia é uma área que tem muito a crescer pois ainda estamos engatinhando no mar de possibilidades que podem ser criadas para oferecer o melhor tratamento a estes pacientes.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Hipodermóclise novamente...

A hipodermóclise traz um desafio para os farmacêuticos, onde é necessária muita pesquisa e prática clínica, pois a grande maioria das bulas não traz descrito a possibilidade de administração SC. Não é porque não consta na bula que não é possível. Temos que recorrer a diversos mecanismos de buscas, como Micromedex, Clinical Pharmacology, livros e artigos científicos para depois chegarmos a uma conclusão. Segue dois links de artigos que achei sobre hipodermóclise.

http://www.apmcg.pt/files/54/documentos/20070528184147167970.pdf

http://www.coren-sp.gov.br/drupal6/sites/default/files/hipodermoclise_0.pdf

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hipodermóclise

Já ouviu falar em hipordemóclise? É uma técnica muito utilizada para pacientes de cuidados paliativos. O medicamento é administrado por via subcutânea, onde ele forma uma espécie de depósito e é absorvido constantemente, sendo considerada uma técnica pouco invasiva. Já é utilizada com medicamentos como morfina e haloperidol. É uma técnica pouco divulgada, mas que merece sua atenção, visto a facilidade na administração e os benefícios que pode oferecer.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Congressos

Este ano teremos o XX Congresso Panamericano de Farmácia, que será realizado em Porto Alegre - RS. É uma ótima oportunidade para os farmacêuticos enviarem trabalhos. O envio de trabalhos é até o dia 10 de janeiro. Precisamos escrever mais e divulgar o que estamos fazendo. Eu já estou escrevendo os meus, e você?